quarta-feira, 18 de abril de 2012

Oração aas rameiras de Camões

Quero ser a cicatriz / Risonha e corrosiva
Marcada a frio / Ferro e fogo
Em carne viva
_ Francisco de Hollanda


Ainda que a peste
mestiça chaga mística
Se tatuar em minha pele, não temerei pois tu,
concreta e gasosa musa vária
trípoli verde amarela e carmim malária

Me ensina a tabuada de ser quimera

Fundida em ouro de tolo, Cravejada de brita
Orgulhosa quimera híbrida

Sem lar,
no chão,
semente

Minha pátria é a língua da puta que me pariu

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