À braçadas estende a veia à seringa
Pára-se
Ouve-se
Intravenosa em miligramas comuns O paciente nº 33 estabiliza-se e pede café com pão
*Desjejuna conforme impresso de circulação popular a cura para a letargia em artigo acadêmico psicopatológico .
_ A imaginação controlada não vê mais gatos nas nuvens e flores nos muros chapiscados e macarrão nos fios do computar portactil, nem ouve tuba nos sons de Roberto Carlos, ou sabores de Amendoim no almoço da avó, nem padrões de dragão em fogo de isqueiro, nem nádegas maiores em calças sem lycra da moça magrela que pede licença. Os resultados correspondem à castração de aniquilamento licenciada.
*Dá-se à gravata de cetim a possibilidade para um nó simples. Obtêm-se um nó simples. Sapatos engraxados. Dentes escovados. Barba escanhoada. Cabelos a 1,33 Cm exactos.
"Objeto de estudo nº33 pediu hora extra." _ Dá-se viva.
Nenhum computador foi danificado no experimento de Cárdio-Acepcia.
Amores e tumores em estado eterno
a mão que afaga o nada, é o cuspe dos anjos
e caminho sobre cacos de vidro,
sacrifício último de não ter luta a se lutar
As distâncias são servidas em pratos de sombras
pra saudade que não significa falta de pai nenhum
divulgando a cada canto o Eu no córtex compartilhado
Freud que se foda
Oremos a Quixote
Oremos cafeína, vomitemos morfina, choremos colombina
Rima fácil não paga frete
Deitemos o troco em troca do trabalho
o contrário, trapo, é a traquinice infantil:
A mente mente pra si mesma, porque escrota e juvenil
a ignorância é uma piada que não perde a graça:
o pato Donald esconde o pênis nas penas, por isso não usa calça
autodestructivos isótopos no canto da cabeça
esqueça...
uma paisagem adornada de pedras, naus e bandeiras
caveiras,
cancros, bexiguentos rotos ratos
mortos
suspiros de amor e parar no posto para calibrar o pneu
ateu
furado cujo peito perdido pede a bunda gorda
absorta
da empregada da Marina Augusta
puta
que me lembra porquês de pequeno
veneno
tomado aos poucos nos peitos loucos
das meninas
Oh senhor dos vagabundos que o freio ferre e esse semáforo desabroche em mil flores vagabundas e essa terça me mate de uma vez com um golpe de martini bem no meio da glote a engasgar as pernas enquanto correm ratazanas do Dogão do Tio João para o FastFoodMarqueteiro lotado e que antes de ver eu cegue cheio d'um branco eterno
pequeno, mas dos mais altos espichados homens que todos diziam ter crescido inchados toda vez que veem os mais altos espichados homens que todos diziam ter crescido inchados
e dos que não acreditaram em vassouras voadoras
nem na volta dos céus d'um indiozinho
de metal do fundo do fundo do
fundo escuro da cama, ô lugar escuro e fundo que
engoliu meu indiozinho de metal, eu era
pela primeira vez ateu
e então fiz meus sete anos.
saudei num equinócio propício a maturidade da aurora de minha
infância, celebrando a alquimia das horas
infindas numa sala sozinho, barbeei
doze macacos de pelúcia com tesouras sem ponta e bebi
da poção de guarapã com brahma guaraná no cálice de 200mL para operar
doze bonecos dos comandos em ação, dando vida e braços novos, em
doze dias diferentes que
transformavam uma estação em outra
e então os dez anos chegaram,
descobri-me absorto em peitos, talvez os maiores peitos que vi são daquela moça da sexta série 605 que estudava à tarde e não tinha nada a ver com as da bandeirantes no sábado. Eu não entendia os movimento mas só notava aqueles grandes balançando bobos, bem bobos, menos bonitos que o da menina do 605 na camisa de educação física branca, os dela eram maiores e não eram bobos, os dela eu podia pensar melhor, fazer de dois quatro, da moça duas, de mim metade
só para terminar com vinte e três
sem terno nem gravata
nem plano da unimed
Uberlândia, ah!!!, o cerrado dos dentes! o cheiro do chão do Ooze às 04:00 da manhã! o T131 na hora do rush!
Amigo leitor, o período é de magia por essa cidade.
O município vive a febre bienal de mais um eleição municipal. Por todos os cinco cantos da cidade, bandeiras de candidatos e santinhos e carros de som e carros adesivados colorem, sem coordenação motora, o céu e a terra uberlandenses, mudando o panorama comum da cidade. Em alguns aspectos, o panorama não muda: O poder, assim como em todas as outras eleições, permanecerá nas famílias tradicionais, entretanto a cerveja encarece de bar em bar, o tiro come solto no centro, para indignação das autoridades, já que a violência sempre foi escoada para a periferia, e a greve na UFU, com possível votação para reitor no período de paralisação, dão à cidade um novo cheiro: .
Sinta o cheiro de caos pela manhã, tem cheiro de Uberlândia no fim de Agosto.
Procurando uma explicação, o Uberbundas entrou em contato com pesquisadores do Núcleo de Mitoclimalologia do Instituto de Geografia da Universidade Federal. Eles afirmaram que os motivos do caos climático de dois em dois anos são muitos e poderiam ser associados: Um raro efeito da corrente de ar vinda do Acre, somado ao fim do florescimento dos ipês, ao aumento do acasalamento dos cães de rua no fim do inverno e a mudança sazonal no canto do bem-te-vi no Parque do Sabiá.
Esses fenômenos desencadeados talvez sejam a resposta para os muitos relatos de visões proféticas pela cidade. O Uberbundas traz a público com exclusividade a descrição de uma dessas visões, tida por um morador do bairro Jardim das Palmeiras II que não quis se identificar:
"Saindo de casa para o trabalho, depois de pegar meu troco no ônibus, pude ver a Tia do Docinho voando pela cidade e distribuindo doces, tão minúsculos que pareciam pingos de chuva, enquanto o congado passa pela Igreja do Rosário."
Será um aviso de que, finalmente, o dia de dar certo irá acontecer, como tanto praguejou a, nesta visão, voadora vendedora de doces?
Será que, assim como em outros relatos de visões ouvidos pela cidade, o time profissional de futebol da cidade terá patrocínio e administração justos e levantando a taça do campeonato brasileiro de futebol da primeira divisão? ou as pessoas entrarão em fila nos ônibus, após esperar quem estava lá dentro sair, ou acontecerá a despanelização da produção cultural na cidade, a integração da cultura branca e negra, tão segregadas "cordialmente"...
Por enquanto, ficamos com a visão do redator, em que o infame Sérgio Mallandro aparece na hora do jornal do almoço, gritando seu bordão máximo:
Por hora, o Uberbundas aconselha: Já que, por aqui, não há como correr para as montanhas, procuremos o bar mais próximo e barganhemos uma saideira.
************************************************************************************ Nota 1: Imaginei o acontecido de Quinta passada, aquele na frente do Tio Patinhas, narrado pelo Gil Gomes e escrito pelo Nelson Rodrigues. Me senti tão mal, que tive de tomar um chá de boldo que as tias dão pra curar qualquer coisa, inclusive fratura exposta, no Zé Inácio.
Nota 2: Patati e Patata são a melhor atração do CAMARU 2012.
Nota 3: 32,77% de acréscimo de barba
21,18% de aumento de tempo para terminar a graduação 0,001% de trabalhos adiantados 0,000% de vontade de ouvir novamente a charanga.
branca página na tevê longo é o curso de sua nau seus dias são flácidos, monstro sua vida é a histeria dos tombos maus
branca pagina da tevê não me cobre juros em vida para que meus filhos lhe deem seu ouro eu cá, assustado como que fiel ao estrume jogado na minha partida
branca página na tevê decorei sua alvura rota é de pasta de dente, alvejante sabão em pó que lava e carcome rápida intensa e irônicamente e roupa
branca página na tevê não serei seu melhor anunciante nem secarei ao seu sol os meus cabelos só quero que me deixes as madeixas sem importunar o tutano, que da cabeça vem antes
CURIOSIDADES CURIOSAS DO CRONISTA DE QUINTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAALLL!!!!
_ O autor é atleticano até a hora indesejada, joga no Tigre no jogo do bicho, é fã de Samuel L. Jackson, sente saudades da TV Colosso, tem mania de rir da desgraça alheia, não acredita numa segunda vinda de Ingmar Bergman, leu Paulo Coelho, e nunca mais teve problemas com fogueiras no quintal, já zerou Killer Instinct em 28 minutos, acredita ter conversado com Graciliano Ramos numa loja em BH e era bom em química orgânica no ensino médio.
_ 15 países diferentes foram detectados pelo blogspot, sendo que o blog recebe a visita ilustre de um Tcheco toda semana. Para você, meu amigo eslavo:
"Děkuji vám! Také dal něco o Peter Čech."
_ O Blog não possui moderação nos comentários, não apagarei xingamentos, nem propagandas, nem panfletarismos, nem mensagens de amor ao curíntia, fiquem à vontade.
_ Era pra ser um site de crônicas, mas, segundo resolução oficial, foi considerado pela cúpula do G20 + Pasárgada que poesias são crônicas esquizofrênicas, portanto o blog ainda é de crônicas.
_ O Stormtrooper da foto é aleijado da perna direita. Luke, você tem o lado negro da força dentro de si.
_ As imagens só começaram a aparecer em 2010 porque meu computador era movido à querosene.
_ Foram gastos os seguintes materiais para a produção do blog até então:
* 362 maços de cigarro.
* 1282 latas de cerveja
* 3 garrafas de Stanhagger
* 10 quilos de amendoim japonês
* 3590 litros de café preto forte
* 2 garrafas de whisky barato e ruim
* 2,5 kg de Bicarbonato de Sódio, para ressaca.
* 2 caixas de estalinho
* 1 papo bacana com Jim Morrison depois de tomar um vidro de xarope Vick e comer um saco de bala de goma de ursinhos.
Alguns agradecimentos:
* Tio do caldo de cana, que me deu um caldo de cana com limão na praça Sérgio Pacheco, quando estava de ressaca e sem dinheiro
* Pessoal do posto da Getúlio, pela cooperação bacana com a falta de moedas.
* Meus amigos do Red Lobster's Club, sempre bancando uma cerveja quando eu tô duro.
(Douglas Miranda, te devo um Jack, um Ballantines e um Jim Bean; Macedo, te devo 750,00 Reais; Elias, te devo 350,00 Reais; Fernando Martins, te devo umas cervejas stout, um dia eu pago)
* Beth, a fornecedora dos livros e textos esclarecedores, principalmente aquele do Bradbury.
* Natalie Portman, pela inspiração bacana.
A todos,
obrigado!
agora o quintal tem pomar, churrasqueira e vista para os montes de Pasárgada.
A canoa virou quem deixou ela virar?
Foi por causa do Leão que não soube remar
Se eu fosse um peixinho e soubesse nadar
Eu tirava o Leão do fundo do mar...
Quando quedar
vinte mil léguas submarinas
a água verde saltando
farta das narinas
Ainda no mar,
da mãe Catarina
naufrágio vermelho
Esperando a Ondina
Da perda risonha,
lembrarei convicto
estranho, estático
medroso e aflito
Que se perde o amor
deitado na rede
com cobre e latão
não se mata a sede
O que resta
é grão de resina
menina poeira
no pé da marina
O que resta
também determina
menina sem eira
verde na retina
Uma tevê passa propagandas e vídeos "engraçados"
pescados na internet nas lotéricas hoje em dia. Por mais que o conteúdo seja
uma porcaria, alguma força sobrenatural o torna hipnótico. Num certo momento, a
tela plana enfeitiçada apontou um famoso grupo de pagode como possível dica de
música. Fiz aquela cara feia, sabendo que, bêbado, cantaria qualquer coisa que
tocasse onde estivesse.
Imediatamente uma senhora se põe a resmungar atrás de mim na
fila:
_ Que porra de música é essa? Nunca ouvi falar. Olha o que
se escuta hoje em dia...
_ Nem eu, minha senhora, nem eu _ pensei com as contas altas
de luz e água esfaqueando meu bolso, enquanto pensava em seis números da sena.
_ Pois eu nem consigo olhar pra coisas assim meu filho _
completou balançando a cabeça, como que pra confirmar o pensamento. Ajeitou o
cabelo, já grisalho, cruzou os braços e completou _ no meu tempo essas coisas
não prestavam.
Sorri tão displicente, que as feridas na carteira até deram uma
boa cicatrizada. _ E então, o que a senhora costuma a ouvir? _ Não me contive,
quis passar o tempo em uma conversa besta, perguntei desinteressado e esperando
ouvir um nome gospel, um Roberto Carlos, um Amado Batista.
_Pois eu meu filho, eu gosto é de um bom Beatles, Creedence,
Pink Floyd, essas coisas que prestam para as pessoas ouvirem.
Uma sensação de espanto ecoou na lotérica. Naquele momento,
uma luzinha foi apontada do céu, como um milagre, me senti ganhando um Kinder ovo do meu pai aos quatro anos de
idade, pegando na mão da menina mais bonita da escola aos dez, zerando Zelda
aos treze, ganhando cerveja aos dezesseis, sem ressaca depois de uma noite de
bebedeira aos vinte.
A vida pareceu que seria melhor daquele momento em diante.
Gostaria de ter abraçado a senhora, mas me contive,
ultimamente o mundo anda caótico para o afeto. Saí daquela lotérica com uma
certeza: O mundo ainda tinha salvação, nessa terra esquecida por Odin.
Cena presenciada pelo autor deste texto em uma casa lotérica
localizada na Av. Afonso Pena, quase esquina com a R. Goiás em Uberlândia,
Massachussets.
pé ante pé ante pé ante pé as letras comem. devoram mil e
quinentos gramas da carne suja e poeirenta para diversão se encontrar. só assim
o mundo é dissolvido em tíner de alta reação, conhecido como leitura, e o que
fica são essas letras carnívoras. volatilizada a realidade, surge ali, onde
quer que seja, um mar de estreita em que o homem é escravo da mulher deusa, só
para voltar para sua casa, tem em 24 horas sua saga por dublin em muitas,
muitas páginas, é amigo de pança, o escudeiro, deita-se na cama com o perigoso
sade e vê um mal diferente do seu, enfrenta grendel de mãos nuas, somente com
os olhos, para então se deleitar com as musas todas, conhece liliput, os yahoos
e o centro da terra, participa da cavalgada dos rohan de armadura e espada
empunhada, se depara por ser confidente de iago, temendo o mal de othelo, numa
reviravolta escuta mil e uma histórias ao lado de um rei, vê outro mendigo, vê
outro nascer ao desenterrar de uma pedra a espada e seu reinado até que, num
momento de lucidez perdeu a visão para a brancura. enxergou, viu, reparou, em
tudo, voltou para sua casa de papelão, menos amargo.
A (a)gramática
cresce nos subsolos
substrato dos batatas
nas cadeiras acadêmicas
destratando a sopa grossa
das letrinhas dos mais simples
nossos linguaráveis ancestrais
meu avô, sua avó
Lusamérica Latim
em pacotes grandes de carmim
narrtiva dos que vencem
na vida vã, com dimdim
Lusamérica Latão
em pacotinhos curtos no gibão
a narracidade dos que pecam
na sobrevida farta, sem quinhão