quinta-feira, 9 de junho de 2011

Dicas de Quintal

Antero de Alda - poema do guarda chuva aberto

É importante preservar a palavra em pó. Pulverizar. Mesmo que a grafia, antes presente que tardia, herrada assim herdada, enrede um textinho mequetrefe. Mas que seja na língua doce do pois pois, Meu tatatatatatatatata(bumbos e pratos à postos)tatatataravô, Sêu Luís, cegueta, língua tão esquecida, esfaqueada nas têmporas, nas crases, nos hífens e na inabilidade de conjugar uns verbinhos.

Assim, saiamos deste quintal e façamos contatos de décimo grau com alguns bons quintais, diferentemente do meu, que continua mequetrefemente lengalengoso, pulverizam esse bom portuga, ainda se agora com um piercing a perfurar seu músculo motor.

Boa leitura!

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- Belas listas de pensamentos espontâneos pescados

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- Pena jovem, de boa risca

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- A bem posta  realidade, daquele que é uma mistura de Hitchcock com o que a há de mais ruim nesse mundo

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- Finos relatos do profano

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- Mestre da ironia, pai do Chico Bacon, o melhor quadrinista de todos os tempos e quiçá de Bruzundanga

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- Bom Humor Negro

sábado, 4 de junho de 2011

Exercício matinal

Shh

empíricamente retorna três tragos da última noite, que foram aos canos de descarga. retorna porque a mesma marca receberia de volta o troco pelo desperdício. esse dia fresco do ano viu no papel engordurado da padaria, desnecessáriamente, mal pelas lentes escuras, escondendo olhos vermelhos. doze de agosto, sexto dia semanal, o sol a rachar a pele e o bolso, mais uma vez, escapando alguns dedos na coxa esquerda. sentindo peso em algum dos lugares, vagava um segundo mais na rua central, mesmo que cheia de obstáculos presentes e invisíveis, para entender vagamente se as pernas ou os braços deixariam sair alguns gramas por vontade própria, de si, ou daquele sorriso que vira todos os dias em epifanias. era mais fácil comer cactos in natura. é mais fácil uma narração descritiva que prestasse alguma substância a algum interlocutor que queira se situar e desejar uma história, mas mesmo assim o cachorro que acompanhava a leitura explicava os pontos e as vírgulas, bem postas, e a desnecessidade de um ponto final ou parêntese em relação a desconstrução da narrativa moderna e a vanguarda, mantendo o estilo do português validado por Saramago.
mas era, em ressaca brava ou mansa, alguém teimoso e antiquado feito uma porta talhada em mogno.
por isso chutava-lhe os flancos caninos, fazendo-o correr em direção aa rua para deixar continuar a martelar um sorriso e os diversos sabores de muçarela, não comera carne aquele ano, se contendando sem saber ao queijo mais barato, e nem comeria a não ser a dela, antropofágicamente a de seu sorriso, que enfrenta e torna desprazeroso o contar de um todo, a tornar o amargo relato um clichê de corações partidos.
Resolvo então não contar de seus desesperos, farto do ouvido e do lápis. Entende você que a amargura é demasiado cansativa e não poderia rever a ladainha comedial romantesca, em linhas num blog qualquer ou em folhas de livro.
Ao tentar tomar o ônibus, mato-lhe a golpes de borracha primeiramente, posteriormente a backspace no lobo frontal. e seu espírito paira bruscamente com o nome de Nada em torno de sua mente. da minha também.
Afinal, cure, a mim e a ele, de uma ressaca e não o deixei com essa laidainha aos olhos.